Neste texto Marcelo Gomes Ribeiro analisa comparativamente o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU) das principais regiões metropolitanas brasileiras. Como esse índice procura mensurar o bem-estar urbano das metrópoles, seu resultado decorre do relacionamento entre cinco dimensões urbanas importantes consideradas no cálculo do IBEU: mobilidade urbana, condições ambientais urbanas, condições habitacionais urbanas, atendimento de serviços coletivos urbanos e infraestrutura urbana. Nesta análise, porém, a ênfase será dada apenas ao índice geral das regiões metropolitanas.
Esta análise comparativa será feita em três escalas: análise do IBEU das regiões metropolitanas, análise do IBEU dos municípios integrantes dessas regiões metropolitanas e análise do IBEU das áreas de ponderação, também, das regiões metropolitanas. A realização de análise em três escalas só é possível porque o cálculo do IBEU foi feito para todas essas escalas sempre de modo relacional, ou seja, em cada uma dessas escalas o resultado do IBEU de cada espaço foi definido em função do relacionamento existente entre os demais espaços.
Assim, por exemplo, o resultado do IBEU definido para a região metropolitana de São Paulo decorreu do relacionamento desta região metropolitana com as demais regiões metropolitanas. O mesmo se pode dizer do resultado do IBEU do município de Santo André, pertencente à região metropolitana de São Paulo, se deu no relacionamento deste município com os demais municípios de todas as demais regiões metropolitanas. A mesma lógica foi seguida para definição do IBEU ao nível de área de ponderação.
O texto de Marcelo Gomes Ribeiro está organizado em mais três seções, além dessa introdução. Na segunda seção, será analisado de modo comparativo o IBEU das regiões metropolitanas. Na terceira seção, será analisado o IBEU dos municípios que integram as regiões metropolitanas. Na quarta seção, será analisado o IBEU das áreas de ponderação das regiões metropolitanas.